O homem, apesar de seu grandioso avanço, ainda orbita em
torno das mesmas implicações e questões que são incógnitas para suas
potencialidades mentais, intelectuais e espirituais. Para um ser tão engenhoso
e cheio de ideias, invenções, pensamentos, criatividades, queima no seu
interior a busca incessante para uma conscientização subjetiva de sua gênese
seu itinerário final, o que lhe deixa em angústia.
A busca por saber da fixação de sua casa, isto é, a sua essência
e existência neste universo imenso se dá através da linha do tempo, que traça o
surgimento do homem até o presente momento, desde os períodos históricos
entendidos como Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna até a Idade
Contemporânea.
Nessa tessitura se engendrará um anelo para se compreender
a existência do homem ao longo do tempo, a começar pela Pré-história (3.500
a.C), diz-se que o homem surgiu na terra há 3 milhões de anos, e que vai até ao
tempo da escrita (3.500. a. C).
O primeiro grande problema na Pré-história, é que por
meio dos conteúdos pedagógicos e científicos que se propagam nos ensinos médios e centros universitários, a
ideia ou conotação de explicações não cientificas, não comprovadas, mas apenas
teorizadas, firmadas em meras e funestas suposições, as quais são deletérias
para o aspecto de humanização, isso porque esse será o primeiro caminho a ser
percorrido para que a base racista tenha sua estrutura e comece assim a dar
rachaduras na casa, posto que o alicerce no qual tudo será construído é mal
estruturado.
Segundo teorias, o primeiro homem se assemelha a um
símio, por meio de processos naturais vai se desenvolvendo, primeiramente ele
deixa de ser um Australopithecus, que
era igual a um macaco (3 milhões de anos). Em seguida vem o Homo Habilis (2 Milhões de Anos), esse
com um certo avanço já tem a capacidade para ir um pouco mais adiante, pois
inventa as primeiras ferramentas e as usa. Homo Erectus viveu de pé, viveu há um
milhão de anos, avançando um pouco mais, soube fazer bom uso do corpo, por fim
vem o homo sapiens, esse já sabia lidar melhor com sua capacidade física e
mental, é dele que vem o homem moderno, o qual surgiu entre 37 mil e 10 mil
anos atrás, segundo alguns arqueólogos ele é denominado também de Homem de
Cró-Magonon.
Ainda nas fragmentárias explicações sobre a origem do
homem, as teses vão se avolumando para simplesmente dizer que tudo começou
assim, expondo o surgimento do homem em um cenário de estupidez plena, por isso
que se fala de uma Pré-história em dois momentos, Idade da Pedra e Idade dos
Metais. Na primeira o homem é apresentado como fazendo uso de materiais feitos
de pedras, caso ele fizesse uso das pedras em seu aspecto natural, sem nelas
operar qualquer efeito. Nessa fase o homem não sabia nem sequer lidar com um
animal, não sabia trabalhar a terra na qual pisava, será somente no segundo
momento dessa primeira fase, chamada de Neolítico (Idade da Pedra Polida), que
o mesmo saberá lidar com a natureza, fazendo uso de seus elementos, fazendo
modificações, alterações, tudo voltado para o seu próprio uso, benefício. Ele sairá
da posição de nômade, pois doravante sabe fazer uso da terra para fazer
plantações e lidar com a cria de animais, de modo que não será mais um
andarilho que andava em busca de comida para si mesmo, pois agora sabe
transformar seu modo de vida.
Mas na Pré-História o homem caminha da Idade da Pedra para
a Idade dos Metais, é lá pelo inicio do quarto milênio antes de Cristo que essa
grande conquista acontecerá, pois agora o homem deixará de usar a pedra para
lidar com cobre, bronze, assim a partir desse átimo ele fabrica suas peças com
tais coisas, abandonado a pedra, e daí acontece o fim da pré-história e o
surgimento da escrita.
Dessa forma os livros a narram a história do homem na
terra, e podemos asseverar que tais explicações além de não serem cientificas
são opacas à luz do que relata a Bíblia, que dá um surgimento lindo e maravilhoso
do homem, não o colocando em uma posição de inferioridade, vendo-o como um
animal irracional até sair de sua barbárie.
Primeiramente a Bíblia fala do homem
como uma criação inteligente, visto que o mesmo foi feito à imagem e semelhança
de Deus (Gn 1.27), do hebraico a palavra imagem é tselem,
fala de figura, já a palavra semelhança é demuth,
similaridade, à semelhança de, como... Há no ser humano traços da divindade
absoluta Deus. O salmista Davi diz que o homem é um ser menor que os anjos, mas
no campo terreno o mesmo é a coroa da criação. Falando dessa imagem de Deus no
homem o comentário Beacon (2005, p.33) diz:
Esta
criatura tinha de ser diferente. Deus disse que o homem tinha de ser feito à
nossa imagem, tendo certa semelhança com a realidade, mas carecendo de
plenitude. O homem devia ser conforme a nossa semelhança, tendo similitude
geral com Deus, mas não sendo uma duplicata exata. Não era para ele ser um
pequeno Deus, mas definitivamente tinha de estar relacionado com Deus e ser o
portador das características distintivas espirituais que o marcam exclusivamente
como ser superior aos animais. Em 1.26-30, encontramos “O Homem Feito á Imagem
de Deus”. 1) Um ser espiritual apto para a imortalidade 2) Um ser moral que tem
a semelhança de Deus 3) Um ser intelectual com a capacidade da razão e de
governo. Uma das marcas da imagem de Deus foi Ele ter dado ao homem o status e
o poder de governar. O direito de o homem dominar, ressalta o fato de que Deus
o equipou para agir como governante.
Os capítulos 1-2 de Genesis não apresentam um homem nômade, um
símio, e que também sabia lidar com a terra e os animais, pois eram funções exercidas
pelos dois filhos de Adão e Eva (Gn 4.2), ainda está claro em Gênesis 4.22 que
já sabiam fazer uso do bronze.
O alicerce correto para falar do surgimento do homem em escolares
seculares e em centros universitários seria o texto de Genesis, o qual
dignifica o homem e o coloca como um ser sublime, superior ao seu meio, mas
tais conotações não cabem em mentes que desprezam o sobrenatural divino, isso
porque não veem nada de científico na exposição mosaica, se esquecendo de que
isso transcende a ciência, mas que coloca o homem em um platô mais digno que
qualquer outro relato ou explicação de seu surgimento.
Se o criacionismo fosse difundido no seio da humanidade não
haveria espaço para preconceito e racismo, pois de um homem só fez toda raça
humana (At 17.26). Como todos vieram da mesma fonte, Deus, todos são capazes e
possuem direitos iguais, mas devido aos péssimos alicerces que foram construídos
ao longo da linha do tempo, se percebe o descaso com a vida humana, o que impulsiona
conflitos e interesses marcados pele sede do poder.
Pr. Osiel Gomes
Parabéns pr osiel, muito preciso nas colocações ir. Júlio. Santana do Seridó RN
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