quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Por que devemos atentar para os sinais?


 

Um sinal pode ser descrito como um elemento que serve de advertência, possibilitando um reconhecimento prévio de alguma coisa. Nesse particular, entendemos que Jesus falou de sinais comuns, que fazem parte dos acontecimentos triviais da vida, levando os homens a fazerem suas previsões, como é o caso da meteorologia (Mt 16.2,3), e os sinais de categoria espiritual, esses alertam para o aspecto escatológico da vinda de Cristo e implantação do seu reino.

Os sinais, na categoria escatológica, não devem ser temidos pelos crentes, seu objetivo não é criar confusões, temor, especulações, antes, Jesus quer que os observemos para entendermos que seu grande reino se aproxima (Mc 13.28,29).

Muitas confusões estão surgindo na observação desses sinais pelo fato daqueles que o analisam não atentarem para o que Jesus falou: a importância do discernimento deles. É óbvio que os sinais naturais servem para nossa época ou tempo (Lc 12.54,56), mas existem os sinais que apontam para a vinda de Cristo, tanto para sua primeira vinda como o Messias, como também para a segunda vinda, na qual Ele se revelará ao mundo como o grande rei.

Os milagres operados por Jesus e seus discípulos não tinham um fim em si mesmo, antes declaravam que o reino havia chegado (Mt 12.28; Jo 20.30.31; At 5.12; Rm 15.19). Precisamos entender que duas coisas caracterizam os sinais: os milagres divinos e os acontecimentos comuns, isso porque nos acontecimentos comuns desta vida podem estar presentes os sinais do reino, daí a necessidade de se analisar os sinais conforme Jesus falou.

Há um propósito divino em conceder os sinais para o seu povo: a certeza da vinda do seu reino, isso gera conforto, alegria no coração do crente transformado, pois sua mente passa a compreender de fato que Deus está trabalhando para implantar sua nova ordem, seu governo divino na terra. Jesus falou, quando deu explicação de alguns sinais aos seus discípulos, que eles deveriam alegrar-se, pois a redenção estava próxima (Lc 21.25-28).

Os sinais, quando bem analisados, deixam claro que o reino de Cristo já está entre nós, especialmente na vida daqueles que se renderam a Cristo como Senhor e salvador (Lc 17.21). Mas os sinais também têm seus aspectos escatológicos, apontando para a vinda do reino futuro Cristo.

A prova de que os sinais são tão evidentes nos nossos dias é que existe uma luta constante entre a luz e as trevas. Dessa batalha Paulo falou com muita precisão, deixando claro que sua natureza é puramente espiritual (Ef 6.12). Estamos vivendo em um mundo onde as pessoas estão fazendo de tudo para tirar Deus do centro, para que a Bíblia seja descartada, disso Paulo já falava também.

A expressão “sinais dos tempos” refere-se à época atual, nesse intervalo entre a primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo. Essa nossa época, até a vinda e manifestação de Cristo, será marcada por essa grande batalha espiritual, da qual Paulo falou, e podemos asseverar com base bíblica que nada vai melhorar, e sim piorar, por isso estamos presenciando uma geração que se afasta de Deus (2 Tm 3.1-5).

Acima mencionamos que os propósitos dos sinais não são para ficarmos criando especulações sobre o Dia da volta de Cristo, pois ao longo da história da igreja muitos aventureiros procuraram datar o seu retorno através de cálculos, dentre esses citamos as testemunhas de Jeová, que afirmaram que os últimos dias iniciaram-se em 1914.

Os sinais realizados por Jesus e os acontecimentos habituais, buliçosos, declaram que a vinda de Cristo se aproxima, esses sinais começaram a acontecer desde a primeira vinda de Jesus, deles os discípulos foram alertados (Mt 24.6), assim, entendemos que naquela época esses sinais já estavam presentes, de modo que o elemento tempo, ou o quando eles aconteceriam é entre a primeira e a segunda vinda de Jesus Cristo.

Uma prova clara de que os sinais já estavam presentes nos dias dos discípulos é bem reforçado por João (1 Jo 2.18), tais sinais vão prosseguir até a segunda manifestação de Cristo. Lendo Mateus 12.28 entendemos que, por causa de sua primeira vinda, Jesus já está reinando, desse modo os sinais passaram a fazer parte de todos os acontecimentos que se desenrolam no cenário humano, de modo que eles perdurarão até a sua segunda vinda.

Em uma análise bem precisa de alguns textos do Evangelho, podemos entender claramente que Jesus falou de acontecimentos que serviriam como sinais para o tempo do fim (Mt 24; Mc 13; Lc 21), mas Ele vaticinou sinais que teriam ligações direto com seu ministério, que envolveria lutas, perseguições e traições (Mt 26.27; Lc 22.23).

            Os sinais estão acontecendo constantemente, porém, é de grande relevância que o cristão não se torne um neurótico em suas análises, nem fique dando crédito a todo tipo de acontecimento como se fossem realmente sinais da volta de Jesus. Paulo falou que não é qualquer sinal que de fato está relacionado com a vinda de Jesus (2 Ts 2.9), tal posicionamento é reforçado pelo apóstolo João (1 Jo 4.1).

Portanto, como cristãos aguardemos a volta de Jesus com alegria, sabendo que nossa redenção se aproxima, e que logo, logo, Ele trará justiça e juízo contra todos os males presentes no mundo (Rm 1.18-32). Meu querido irmão, se você tem a certeza de que recebeu a vida eterna por meio de Cristo Jesus, que é o conhecimento do Deus vivo (Jo 15.3), então pode glorificar e adorar a Deus, pois você já é integrante do seu reino (1 Jo 5.11-13).

 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O melhor Natal.


Nessa data as pessoas se apressam para fazer o melhor natal possível, juntam a família, compram presentes, montam o pinheiro, fazem jantares caríssimos. Mas essa realidade de um bom natal só é para alguns, pois para outros a data do natal é marcada de tristeza e escuridão.
 Data como a do Natal é manchada por suicídios, isso devido à solidão que muitas pessoas sofrem, o abandono, o descaso. É impossível construir um natal perfeito em meio a uma sociedade utilitarista, materialista, egoísta, sem um coração realmente transformado pela mensagem de Cristo. 
À luz do contexto bíblico, o melhor natal só começa quando a mensagem do Evangelho é recebida, pois mediante ela o homem passa a ter uma nova vida. O melhor natal começa com a exclusão da desigualdade.
 O texto diz que quem primeiro ouviu a voz dos anjos foram os pastores.O teólogo Lawrence O. Richards, no seu Guia do Leitor (2005.653), tem uma boa explicação sobre os pastores: “... os pastores, no século I, pertenciam a uma classe social bastante baixa. Nada mais apropriado do que anunciar as Boas-Novas primeiramente aos comuns do povo e não aos ricos e famosos”.
 O cenário descrito sobre o nascimento de Jesus era de extrema pobreza, não havia nada de luxo, sendo o Salvador rico e cheio de glória, para deixar ao mundo a mensagem de que a vida e a alegria são para todos, independentemente da condição financeira.
Os pastores pobres estavam no campo guardando seus rebanhos, mas foi primeiramente a eles que o melhor natal aconteceu. Através do nascimento de Jesus muitas vidas foram abençoadas, Ele valorizou escravos, homens, mulheres, crianças, sem preconceito, racismo. Excluir a desigualdade social e partilhar junto o amor, a verdade, esse sim é o melhor natal.
Outra coisa que pode caracterizar um verdadeiro natal, para que ele seja o melhor, é que a glória de Deus esteja presente. O texto diz que a glória do Senhor os cercou de resplendor. Nas páginas do Velho Testamento, quando Deus se manifestava, sempre sua glória estava presente (Êx 16.10).
O natal dos pastores foi o melhor do mundo porque através de Cristo foram honrados com a melhor mensagem: “Nasceu o Salvador do mundo.” Os corações desses não favorecidos, esquecidos pela sociedade, considerados lástimas, são os primeiros a serem cercados com o brilho do Salvador, recebendo a mensagem que tiraria os temores dos seus corações. 
O melhor natal se reveste de uma mensagem que faça o rosto de outras pessoas brilharem, que lhe estimule a prosseguir, a vencer na vida. Às vezes nossas mensagens são negativas, sem conteúdo, sem esperança, o que torna a vida de outros tediante, frustrante. A mensagem que os anjos levaram aos pastores era marcada de alegria, não somente para os pastores, mas para todo povo.
O melhor natal é aquele onde Jesus é o centro de tudo, no texto de Lucas 2.8-10 todo o roteiro gira em torno Dele, pois Ele é o protagonista principal, o salvador. É bom entender que Jesus como salvador não está no nível de qualquer político, sua excelência é vista na palavra Cristo e Senhor.
Cristo Jesus é o Messias enviado por Deus para a salvação de toda humanidade. Como Senhor Ele não está no mesmo patamar dos césares, reis, imperadores, mas sim como Aquele que viria para redimir, libertar e salvar a todos que estavam sofrendo no pecado.
O natal de hoje é comercial, seu grande representante é o dito “Pai Noel”, figura que em momento algum entra no contexto bíblico. Em torno desse personagem são feitas caricaturas; lojas, shopping, casas, tudo é enfeitado com essa figura, que nunca realizou qualquer ato salvador, redentor. 
A figura central do melhor natal é Cristo, através do seu nascimento humilde Ele nos ensina o bem da simplicidade, o valor que devemos dar aos outros, a importância de partilhar com os pobres. Os anjos disseram que os pastores iram encontrar uma criança envolto em panos e deitado numa manjedoura. Este é o sinal do verdadeiro significado do natal: Jesus. 
Nossas crianças estão comemorando um natal onde o Cristo divino não é a figura principal, nem estão aprendendo a lição máxima dessa data especial: humildade. A glória, o brilho de muitos natais está nos presentes caros, nas noites luxuosas, requintadas, nas amizades selecionadas. Mas o melhor natal só pode acontecer por meio da ação de Deus, através Dele o homem pode desfrutar da verdadeira paz.
 Muitos têm citado o versículo 14 de Lucas de modo errado, dizendo: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra aos homens de boa vontade”. A citação está errada, pois na sua originalidade o texto diz assim: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens”. Como falamos no início, para muitos a data do natal será de tristeza, dor, solidão, guerra. Estamos vivendo em um mundo onde a paz está distante de nós, onde as diferenças raciais aumentam a cada dia, onde atos desumanos crescem cada vez mais, portanto, posso dizer que o melhor natal ainda é algo utópico.
Só teremos o melhor natal quando nos rendermos à mensagem do Evangelho, pois somente ele tem a paz que precisamos ter em nossos corações para levar as melhores notícias às pessoas. A “Boa Vontade”, que falaram os anjos, trata-se do querer de Deus em salvar todos os homens (1 Tm 2.4).

Pr. Osiel Gomes.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A singularidade da Bíblia.


No segundo Domingo de Dezembro o Brasil comemora o Dia da Bíblia. Os cristãos celebram esse Dia com alegria e agradecimento a Deus por conceder sua Palavra, a qual é rara e insuperável. Sua mensagem é confortante, edificante, penetrante e salvadora (Hb 4.12).
Cada livro tem o seu tempo de vida, seu ápice de venda, sua influência, mas depois perde sua utilidade, sendo colocado em uma prateleira de Museu. Ao contrário da Bíblia, sua singularidade é incomparável, sua venda é insuperável, e sua mensagem renovante para cada geração, isso acontece porque a Palavra de Deus é eterna (Sl 119. 89).
A História tem revelado a aversão que muitos reis, imperadores, críticos, ateus, filósofos, têm manifestado para com a Bíblia. Diversos movimentos pelo mundo afora foram levantados e organizados na intenção de destruir esse maravilhoso Livro, porém, como prova de que ele vem de Deus, sua permanência é uma realidade até hoje, vencendo milênios.
Paulo disse que as Escrituras São inspiradas e que são úteis para tudo (2 Tm 3.16). Os que têm se rendido ás verdades divinas sabem do seu grande efeito, de sua eficácia. As mensagens da Bíblia são as mais edificantes, quem lê os salmos 23, 46, 91, o Sermão da Montanha, tem encontrado consolo, alívio e salvação para sua alma.
Ninguém pode negar o poder que a Palavra de Deus tem, inclusive de transformar o homem pecador em uma nova criatura (1 Tm 1.15). A mudança que esse livro tem feito na vida de algumas pessoas provocou reações diversas, até mesmo a criação de Leis e Decretos proibindo sua leitura, ameaçando de morte quem fosse encontrado com um exemplar nas mãos, e não somente isso, mas todos os esforços foram envidados no propósito de erradicá-la de uma vez por toda da face terra.
 No passado, Diocléiso, imperador romano (303 a. D) manifestou sua fúria contra o livro Sagrado, a Bíblia, tendo conhecimento de que os cristãos amavam esse livro, criou decretos ordenando a queima de todos esses livros; sua campanha contra as Escrituras foi pesada, inclusive muitos crentes foram mortos.
 Devido essa severa perseguição muitos cristãos procuraram refugiar-se em cavernas, excluir-se da vida público, de modo que o imperador pensou que havia extinguido esse movimento e o amor pela Bíblia. Ele mandou cunhar em uma medalha a seguinte frase: “O culto aos deuses foi restaurado e o cristianismo destruído.”. Não demorou muito para que Constantino transformasse o cristianismo em uma religião oficial do Estado. 
 Mas não para por aí, os papas colocaram a tradição religiosa acima da Bíblia, os credos passaram a ter mais valor, e muitas pessoas começaram a se apegar a revelações sem sentido. Esses posicionamentos dos papas fizeram com que a Bíblia se tornasse um livro inacessível e de muito mistério para as pessoas simples, de modo que sua leitura passou a ser desprezada. 
Com a chegada da reforma, que colocou a Bíblia nas mãos do povo, os papas começaram a dizer que as pessoas eram incapazes de entender e interpretar a Bíblia, por isso elas precisavam de sua autorização para lê-la, mas jamais interpretá-la. O amor e a confiança nas Escrituras fez com que muitos pagassem com a própria vida. 
Em 1543 um decreto real baseado em atitudes romanistas proibiu o uso da versão de Tyndale e de qualquer outra Escritura sem que o rei permitisse. Eles proibiram a impressão de Bíblias, e quando Tyndale fez o seu Novo Testamento, enviando-os para Inglaterra, esses opositores procuraram adquirir o maior número possível, depois  queimaram-nos. De 18.000 exemplares escaparam somente dois. 
O ódio para com a Palavra de Deus não é algo novo, pois o profeta Jeremias fala de uma ação revoltosa de Joaquim, quando ouviu a leitura de três a quatro páginas do livro feito por Jeudi, que constava a Palavra de Deus, cortou as páginas com um canivete e lançou tudo no fogo (Jr 36.22.23).
O filósofo francês Voltaire afirmou que 100 anos a partir de sua época os cristãos não iriam existir mais, mas foi o contrário, vinte e cinco anos depois de sua morte as mesmas máquinas de imprensa que faziam seus livros foram utilizadas para produzirem Bíblias. 
A existência e sobrevivência da Bíblia é um milagre, e sua singularidade está em sua mensagem, nenhum livro pode ser comparo a ela: Alcorão, Zenda Avesta, Clássicos de Confúcio. Essas obras inspiraram no aspecto apenas do prazer, da moral e outras particularidades, mas jamais estariam no mesmo nível da Bíblia, pois sua mensagem é para fazer nascer um novo homem em Cristo Jesus (1 Pe 1.23).
Além da mensagem de salvação a Bíblia é um livro que gera comportamento saudável para a sociedade: leis, obra de artes, arquitetura, projetos sociais, cultura, pois inúmeros hinos surgiram inspirados em suas páginas seletivas. Ademais, o aspecto divino é o que a caracteriza fortemente, pois suas profecias se cumprem a cada dia, e o seu selo é: “Assim diz o Senhor.”
Festejemos então a singularidade da Bíblia, tendo ciência de que ela é a Santa e Gloriosa Palavra de Deus, a qual pode nos conduzir às verdades eternas, pois assim disse o salmista: Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho (Sl 119.105).
Pr. Osiel Gomes.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O Porquê da maldade humana.



 Quem folheia as páginas desse jornal pode ficar estarrecido diante das tamanhas atrocidades praticado por um homem contra outro homem. Estudiosos, especialistas, psicanalistas, psicólogos, sociólogos, filósofos, todos têm procurado uma resposta para essa ação tão brutal.
 Diante desse contexto perguntamos: Protágoras estava certo, quando afirmou que o homem é a medida de todas as coisas? Ou poderíamos concordar com Jean-Jacques Rousseau, que dizia: “O Homem nasce bom, mas a civilização o corrompe”. Quem está com a voz da razão? 
 As anomalias e distúrbios presentes no mundo moderno podem ser entendidos por alguns “especialistas” como sendo culpa do determinismo genético, biológico; do determinismo circunstancial, da explosão demográfica, da desigualdade social, de modo que a causa de todos os males presentes no mundo são transferidas para a falta de educação, de segurança, de boas políticas públicas, etc., mas nunca se fala da própria ação maléfica do homem, do seu coração perverso.
 Rousseau dizia que a intenção de Deus era conceder o melhor para o homem, por isso Ele fez um belo jardim (Éden) e lhe entregou, mas por causa da intelectualização humana o paraíso foi esquecido, e a desumanização se proliferou no mundo, de modo que o homem esqueceu o lado natural da vida, então acontece o primeiro homicídio na terra.
 Para Rousseau as cidades modernas estão povoadas por Cains, homens maléficos, ao passo que os Abéis não existem mais, pois o lúcifer do intelecto corrompeu toda a humanidade. Ele dizia que o homem precisa fugir da civilização e buscar refúgio novamente na natureza. Para esse filósofo, o homem não deveria voltar a viver em
cavernas, na verdade, voltar à natureza, segundo ele, era necessário apenas que esse tal retorna-se à sua pureza humana.
 Tanto Protágoras como Rousseau tem certa dose de verdade, mas ambos se esqueceram que não é somente o meio que corrompe o homem, mas sim seu próprio coração. À luz da filosofia de Jesus, não é o meio que corrompe o homem, mas sim sua própria natureza carnal decaída, Ele disse que é do coração, palavra que no grego quer dizer cardia, que é o centro da vida, que procedem os homicídios. 
 A maldade humana pode resultar de alguns problemas antropológicos, sociólogos, mas esses não são apenas os fatores que a determina, pois os noticiários do mundo todo estão mostrando violências, crimes praticados por pessoas de diversas classes sociais, de elevada cultura, o que não envolve cor nem status.
 O verbo hebraico rei´eit, que quer dizer maldade declara que a violência tem sua gênese no próprio coração do homem, sua habitualidade na prática de atos cruéis e desumanos, resultam da exclusão da bondade etérea no seu coração, dos valores éticos. 
Obviamente, a maldade está presente já em muitas crianças que estão no ensino fundamental, não são poucas as informações de Escolas com grande índice de adolescentes praticando males, desafiando professores, amedrontando os pais, sem temer a nada e a ninguém. Onde está à pureza de espírito, a doçura da criança, o que as levam a agir dessa forma?
Não bastasse a isso, estamos assistindo passivamente, nas arenas dos bairros, das praças, nas ruas, pessoas serem mortas, assaltadas, roubadas, sem qualquer brio, sem a valorização da vida. Como falei anteriormente, Rousseau tem certa dose de verdades em suas palavras, quando diz que o meio pode corromper o homem, pois, segundo alguns psicólogos, a personalidade humana pode ser afetada de três modos: hereditariedade, ambiente, verdade.
Os filhos herdam dos pais suas características físicas: cor dos cabelos, dos olhos. Em se tratando do ambiente, ele pode referir-se ao lar, vizinhos, bairro onde mora. Esse ambiente pode ser um lugar para crescimento como também para limitações. Por fim, existe a vontade, ela fala da oportunidade que os filhos têm para fazer suas escolhas, ele pode aproveitar sua liberdade para buscar crescimento, progresso, ou então a morte.
Mas, voltando à filosofia de Rousseau, que dizia que o meio corrompe o homem, se analisarmos o Éden onde vivia Abel e Caim, não havia qualquer coisa do meio que pudesse corromper, ou seja, que levasse Caim a ser o primeiro homicida do mundo, a não ser a própria inveja que estava no seu coração. 
Portanto, agora podemos responder a pergunta: Qual a causa de tanta violência? Asseveramos que não é somente pelo fator da explosão demográfica, do avanço da modernidade, da desigualdade social, da falta de cultura, ou de boas políticas públicas, porém, a causa de tantos males resulta da queda do homem, do seu desprezo aos princípios éticos e morais, da maldade presente no seu coração, que o leva a ser maléfico, desumano, um monstro.
Quantos não estão vestidos de lindos ternos, com bons discursos, que impressionam quando falam, mas que não medem esforços para destruir a vida do próximo, sem valorizar o bem maior dado por Deus: a beleza da vida. A maldade humana não leva em consideração o bem do outro, por isso a corrupção está generalizada, presente em cenários que não deveria jamais se quer se mencionada. 
A maldade humana nasce de dentro do coração do homem, do querer ser, do desejo de possuir, de sobrepujar sobre os demais, de não querer estar em baixo, mas superior a todos. Hoje viemos em uma sociedade narcisista, onde o discurso se pauta na beleza, no status, no ter e no ser, o que faz com que alguns jovens, políticos, líderes religioso, busquem os meios mais fáceis para alcançar o que querem.
Finalizo fazendo uso das palavras do filósofo Tiago, ele dizia que as guerras e as pelejas vêm do próprio homem, as quais são impelidas pelo desejo humano. Jesus falou que aqueles que têm os olhos bons, todo o seu corpo será bom. A natureza pura, a qual desejava Rousseau, só pode acontecer através de uma verdadeira mudança do coração do homem, a qual não está em si, mas tem que vir de fora, ou de cima, quer dizer, de um ser superior.
Osiel Gomes.

Tirando Deus de Cena.


O panorama que se descortina diante de nós, marcado por violência, moléstias, descaso para com o valor da vida, tem levado muitos a afirmarem que Deus não está nem aí para os homens, nesse caso pode-se dizer que a filosofia deísta tem fundamento. Mas frente a tudo isso indagamos: Deus está interessado na vida e problemas dos homens?
Antes de respondermos a essa pergunta quero fundamentar minhas respostas nas palavras do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1990), um homem de saber notável que foi professor na Universidade de Basiléia. Não me prenderei no seu posicionamento sobre a fé, mas quero dizer que não podemos ojerizá-lo somente por causa de sua célebre afirmação: “Deus está morto”. 
Em sua obra “A gaia ciência” (1822), o filósofo coloca um personagem segurando um lampião que está à procura de Deus, é dele que nasce a frase que chocou o mundo, especialmente os cristãos: “Deus está morto”.  
É importante dizer que as obras escritas por Nietzsche só tiveram aceitação em tempos posteriores, nos seus dias, muitos o consideravam um louco, suas opiniões eram rejeitadas, por isso teve que deixar a Universidade onde trabalhava, e não somente isso, ele tinha problema de saúde, incluindo o lado mental.
 Nietzsche era um homem que se afastava do seu centro, opôs-se ao pensamento de Kant, e nos seus escritos os comentários são fragmentários, irônicos, provocadores, mas não podemos negar que suas palavras chamam nossa atenção. Mas será se ele realmente, em se tratando do Deus eterno, queria afirmar que Ele estava de fato morto?
Para alguns estudiosos o filósofo alemão estava apenas brincando, pois ele sabia que Deus não poderia morrer, mas tão somente que a crença nesse Deus havia deixado de
ser razoável. Nietzsche dizia que caso Deus estivesse morto então o mundo ficaria sem uma base moral, e que a ideia de bem, mal, certo, errado, só tem sentido onde existe Deus, sua ausência desnivela tudo isso.
Tirar Deus do cenário era o mesmo que complicar as regras do jogo, pois somente Deus tem as normas, as diretrizes certas para valorizarmos o que é devido, e não saberemos como de fato viver. 
Para muitos contemporâneos de Nietzsche essas palavras não tinha qualquer sentido. Esse filósofo se considerava um “imoralista”, isto não quer dizer que ele seria alguém que praticasse o mal de modo deliberado, mas com tal expressão dizia que todos deveriam ir além da moral, é isso que trata sua obra: “para além do bem e do mal”.
No ato de se tirar Deus do cenário, Nietzsche viu que duas coisas aconteceriam no mundo dos homens: tragédias ou alguma coisa excitante, isto é, que estimulasse para algo a mais. A ausência de Deus do mundo humano possibilitava a vantagem de cada pessoa criar seus valores, sua visão de vida, de mundo, pois a religião em nome de Deus tinha posto uma ação moral rígida e marcada de certos limites. 
A filosofia de Nietzsche sobre Deus fora do cenário humano foi de grande valor para muitos, especialmente para aqueles que não querem viver segundo um padrão moral, ou expressar um tipo de fé verdadeira.
Ter na mente a ideia de que Deus não existe ou que Ele está fora do nosso mundo contribuiu para que cada pessoa criasse seu próprio estilo de vida, tivesse uma noção subjetiva do certo e do errado sem a intromissão da das interpretações cristãs. 
Atualmente estamos vivendo em um mundo onde o sentimento cristão está sendo escamoteado a cada instante, cada pessoa cria sua ideia própria sobre verdade, bondade, amor, vida, valor, sem querer escutar as virtudes cristãs estereotipadas nas paginas da Bíblia. 
Nietzsche afirmava que nosso conceito de bondade e compaixão, especialmente o cuidado para com os indefesos, tinha sua origem naquilo que ele denominava de “Genealogia”. Esse filósofo dizia que os poderosos aristocratas gregos construíram suas vidas alicerçadas nas ideias de honra, vergonha e heroísmo na batalha, e não apenas nas ideias de bondade, generosidade, ou um sentimento de culpa por agir errado.
Nietzsche dizia que os escravos valorizavam o que ele chamava de moral escrava, que olhava para os atos dos poderosos como maus e os sentimentos dos companheiros como bons. Os escravos eram pessoas que tinham pouco poder, eles invejavam os poderosos, enquanto que os poderosos celebravam o poder, a força, os escravos transformavam a bondade e a generosidade como virtude.
A ideia da morte de Deus e a hermenêutica da moral escrava de Nietzsche contribuíram lamentavelmente para que muitas pessoas vivessem suas vidas em um nível moral muito baixo, em um puro relativismo, ademais, o sentimento de amor, compaixão,
carinho, humildade, começou a ser interpretado como fraqueza, dando vazão ao espírito soberbo do homem.
O pensamento de Nietzsche formou homens de mentes e ações cruéis, dentre eles destacaremos apenas um: Hitler. Mas nos corredores das Universidades, Escolas, e outros setores, multidões de pessoas estão desprezando os valores familiares, os poderes eclesiásticos, as instituições brasileiras, isso inclui até os símbolos nacionais e cristãos. 
O niilismo de Nietzsche procurou mostrar que o homem é um ser independente, que não precisa de nenhuma verdade moral ou qualquer tipo de hierarquia pré-estabelecida, desse pensamento então surgiu os céticos, os que não valorizam os podes, os que não respeitam as leias, que acreditam que somente os fortes são capazes de vencer na vida.
Tirando Deus da mente e do coração o homem acha que é um deus, mas um deus que não consegue resolver seus problemas, que morre nas suas angústias. O homem de hoje está construindo sua própria torre de babel, sua loucura mental destrói seu lugar de habitação, e o desejo de manter o poder, a glória, a fama, o leva a ser um déposta, um tirano, um “Far West”, onde cria suas próprias leis. 
Um dos poetas de Israel deixou bem claro: “Feliz é a nação, cujo Deus é o Senhor”.

Lidando com a Liberdade


O grande legislador Moisés definiu a vida como grande valor, por isso, dentro dos decálogos está bem claro: “Não matarás”. Essa assertiva é universal, contrariá-la é trazer punição para a própria vida. Depois da primeira e segunda Guerra Mundial, diante de tanta carnificina, desrespeito pela vida, diversos estudiosos passaram a questionar sobre o valor da vida e se se de fato valia apenas viver.
A história do presente momento não é diferente, pois quando vemos atos desumanos sendo praticados em nome do poder, das vantagens políticas, religiosas, perguntamos: qual a razão para estarmos neste mundo? A vida tem mesmo um propósito?
Dizem que todo homem é fruto do seu próprio tempo, que não pode viver às margens da realidade que o cerca. Não foi diferente para o filósofo, dramaturgo e biógrafo Jean Paul Sartre (1905-1980), que produziu parte de suas obras em cafés e morou quase sempre em hotéis. 
Um estilo de vida diferente marcava a vida desse homem, ele viveu na companhia de uma mulher bonita e inteligente, tinha caso com ela, mas nunca mourou junto, ela poderia ter outras relações. Simone de Beauvoir era uma amiga íntima de Sartre, essa amizade foi descrita por eles como essencial, as outras eram denominadas por eles de contingentes, ou melhor, eventual.  
Quando a Segunda Guerra terminou Paris foi dominada pelas forças nazistas, isso fez com que a vida francesa ficasse difícil, pois alguns franceses se opuseram à força alemã, mas outros se tornaram traidores, entregando seus amigos para o exército inimigo. Tudo muda quando a Alemanha é derrotada.
Olhando para trás, os homens viram o que a guerra foi capaz de fazer, os males que ela provocou no mundo, então se começou a pensar em que tipo de vida e sociedade o mundo deveria ser construído, e a pergunta que todos faziam era: “Qual o propósito da vida?” Onde está Deus? Eu devo fazer o que os outros esperam que eu faça?
É em meio a esse cenário que aparece Sartre, ele já havia escrito a obra O ser e o nada (1943), que tinha como tema geral a liberdade. Esse livro foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial, sua mensagem era dirigida aos franceses, os quais estavam debaixo do poder das forças alemãs, presas em seu próprio país.
O pensamento de Sartre era que o homem não foi criado para fazer nada em particular, e que Deus não o criou, sendo assim, não havia qualquer propósito de um ser divino tê-lo colocado no mundo. Sartre dizia que o ser humano não tinha uma essência, para exemplificar melhor, dizia que um canivete era feito para cortar, essa era sua essência, ao contrário, o homem não tinha nada disso.
Como não havia qualquer modo especial para o ser da existência humana, então o homem poderia escolher o que fazer, e o que queria ser, pois é livre, ninguém decide o que queremos ser e fazer da nossa vida. 
Sartre dizia que quando nós deixamos que uma pessoa escolha ou decida por nós, ainda assim estamos escolhendo, pois nesse caso queremos ser o tipo de pessoa que outros esperam que sejamos. Em se tratando da liberdade em Sartre, ele queria tão somente dizer que você é o principal responsável por ela. Só você pode querer fazer, tentar, e saber reagir diante do fracasso.
Sartre diz que muitas pessoas não sabem lidar com a liberdade, mas procuram fugir dela fingindo ser uma pessoa livre. Esse filósofo dizia que somos responsáveis pelo que somos e fazemos. Se decido estar triste é porque estou escolhendo ser triste, eu sou o responsável dessa tristeza. Viver dessa forma é muito pesado, por isso muitos preferem não encarar a realidade.
Sartre diz que o homem é destinado a ser livre, mas muitos escolhem ser marionete, dançando uma vida nos molde de uma coreografia, não exercendo ser verdadeiro papel de ser humano, mas vive segundo o padrão que outros estabeleceram. Quando o ser humano procede dessa forma Sartre diz que ele está agindo de má fé, fugindo de sua liberdade.
Viver o que os outros determinam é usar uma mascarará, fingir um tipo de liberdade falsa, é viver acreditando na mentira como se ela fosse verdade, além disso, a pessoa não está usando de sua liberdade: ser o que realmente deveria ser. 
Para Sartre a vida humana é marcada pela angústia, em uma de suas palestras sobre “O existencialismo é um humanismo”, deixa claro que o grande problema do homem é que ele não pode dar desculpas, pois ele é responsável por tudo àquilo que faz. Essa angústia se tornar ainda mais maçante quando aquilo que ele faz deve seguir de modelo, padrão para que outros façam com sua própria vida. Por exemplo: se me caso, estou sugerindo que outros façam o esmo, se sou um preguiçoso, outros deveriam ser também.
Agir dessa forma requeira muita responsabilidade, pois as minhas escolhas iriam refletir na vida de outras pessoas. Segundo Sartre toda nossa responsabilidade está atrelada à existência humana, o “Existencialismo” é o peso do pensar filosófico de Sartre, por meio dessa palavra dizia que primeiramente nós nos encontramos no mundo como seres existentes, depois é que podemos decidir o que fazer da nossa vida. Para Sartre nossa existência precede a essência.
Posso dizer que o pensamento sobre a liberdade exposto por Sartre tem seu aspecto verossímil, mas que foi interpretado de modo errado por alguns, pois em nome de uma liberdade subjetiva as pessoas se tornaram exclusivistas, egoístas, donas do seu próprio mundo. O filósofo Paulo falou que uma liberdade exagerada pode levar a libertinagem, fazendo com que muitas pessoas se tornem crápulas, desregrada.
Muitos não evidenciam um verdadeiro amor na prática porque são guiados por uma filosofia existencialista, contrariando o princípio ético e divino, o qual foi falado por Jesus, por que não querem desenvolver uma vida responsável. Hoje vemos muitas pessoas religiosas, como o sacerdote e o levita, mas que passam distantes de quem precisa de ajuda, pois sua liberdade lhe permite fazer o que quiser inclusive, não ajudar quem precisa. 
A liberdade proposta por Jesus não está alicerçada na definição proveniente do próprio sujeito, mas sim em sua Pessoa, por isso Ele disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. 
Osiel Gomes.

Não Somos Macacos.


Recentemente vimos por meio da mídia atitudes de jogadores e atores colocando-se em defesa daqueles que foram chamados de macacos, fazendo um repúdio contra o racismo. Essa manifestação foi um ato muito expressivo e bonito, que um ser realmente racional sabe fazer: valorizar as pessoas, não importando a cor, pele, cidade, o poder aquisitivo.
Muitos estudiosos penderam para o pensamento do biólogo e geólogo Darwin (1809-1882), quando afirmou que todos os seres humanos tinham primatas em sua árvore genealógica. Após o lançamento do seu livro A origem da Espécie (1859), o homem nunca mais foi tratado como um ser especial, mas um simples animal como qualquer outro.
Essa afirmação de Darwin chocou o mundo, especialmente os cristãos, que chamaram o biólogo de um ser transloucado, desvairado, pois os cristãos seguiam o relato bíblico, afirmando que tudo tinha sido criado por Deus, cada animal segundo sua espécie, e que o homem era o zênite da criação divina. 
As palavras de Darwin foram bombásticas, ela mudou de vez o pensamento sobre o mundo, inclusive o homem, pois a dita teoria da evolução, para alguns, dava uma explicação racional de como os seres humanos e as plantas surgiram, como elas são, e como continuam mudando.
Muitos se apegaram a teoria de Darwin por querer negar o lado religioso, a crença em Deus, como no caso de Richard Dawkins, que disse: “não consigo imaginar como era ser um ateu antes de 1859”. Para muitos a teoria de Darwin levar o homem a não acreditar na existência de Deus.
Darwin era um naturalista, estudou medicina e teologia, nunca foi um aluno brilhante, nem seus pais tinham fé nele, não havia qualquer vislumbre de que ele poderia ser o maior biólogo da história. Mas toda a reviravolta em sua vida se deu quando entrou a bordo do HMS Beagle fazendo sua viagem pela América do Sul África e Austrália. Essa expedição contribuiu para que o biólogo colhesse diversos materiais para sua pesquisa.
Fazendo análises dos objetos colhidos durante sua viagem, especialmente sobre as tartarugas, pássaros, animais pequenos, Darwin chegou à conclusão de que havia nas espécies um tipo de evolução de modo natural que estava em constantes mudanças, elas não eram inertes. 
As análises de Darwin o levaram a seguinte conclusão: as plantas e os animais bem adaptados tinham maior chance de sobreviver e ainda passar para os seus descendentes algumas de suas características. Vamos dar um exemplo sobre a questão da adaptação do ambiente e a melhor chance de viver. Darwin dizia que um pássaro que tivesse um bico grande e que comesse semente teria mais chance de sobreviver, mas caso esse pássaro fosse para um lugar onde só houvesse nozes, ele não se adaptaria muito bem.
Se um pássaro tivesse dificuldades para achar comida, então ficaria difícil sua sobrevivência, seu acasalamento, desse modo o seu bico não poderia ser passado adiante. Mas aquele que vivesse em um ambiente de muitas sementes poderia passar adiante suas características aos seus descendentes. Em uma ilha com muitas sementes, os pássaros de bicos grandes passariam a dominar tudo, eles iriam se evoluir cada vez mais, deixando de ser aquele pássaro original quando chegou à ilha. 
Não entrarei aqui no mérito da questão propriamente da teoria da evolução, que tem suas falhas, pois se trata de uma teoria, sabemos que um dos critérios para se formalizar uma lei, seja ela do campo da biologia, física, química, tem que ser testada em laboratório. A lei da gravitação universal pode ser repetida em laboratório, como também as leis da genética, mas a teoria da evolução é apenas uma teoria.
Nosso propósito aqui é dizer que a teoria da evolução contribuiu para tratar o homem como qualquer objeto, e não um ser distinto dos animais. O historiador Will Duran, diz que Nietsche transformou a teoria de Darwin em pura filosofia. Nietzsche dizia que a vida era uma luta pela existência, na qual os mais capazes sobrevivem, sendo assim, a luta é a maior virtude, e a fraqueza um grande defeito.
A teoria darwinista também atingiu o grande Hitler, pois quando seguiu a filosofia de Nietzsche, que transformou a biologia de Darwin em filosofia perversa, ele aplicou sua política cruel. Nós sabemos que Nietzsche foi quem lançou a ideia do super-homem, desse modo, quando Hitler procura varrer da face da terra todos os judeus, ele estava abrindo caminho à raça superior. 
Hoje presenciamos um mundo marcado pelo pensamento da biologia de Darwin transformada em filosofia negativa, onde o ser humano despreza o outro, tenta mostrar-se superior, busca uma única raça. 
Enquanto o relato bíblico apresenta de modo airoso a criação do homem, que teve um toque especial de Deus, distinguindo-os dos animais, os muitos buscaram sua gênese em teorias sem fundamento, irracional, sem qualquer consciência de Deus por trás dela, sem uma causa maior.
Esquecendo-se que todo homem é imagem e semelhança de Deus, tratando-o como coisa qualquer, e que a superação vem por meio do domínio e de uma raça pura é que atos brutais como o de Hitler, que matou mais de seis milhões de judeus, e aproximadamente trinta mil doentes mentais, vem se repetindo no cenário humano.
Posso dizer que não somos macacos, pois fomos formados à imagem e semelhança de Deus. Gordon Childe dizia que os animais tinham muitas vantagens sobre os seres humanos, isso incluía sua capacidade de sobrevivência, seu coro cabeludo, sua adaptação, mas os animais não tem um cérebro como o do homem e um complexo sistema nervoso que permite desenvolver sua própria cultura, dizer que somos macacos é pura tolice e irracionalidade.
Aqueles que se dizem racistas, tomando de empréstimo a teoria evolucionista, afrontando os de cor negra, se esquecem de que Darwin não fez classificação de quem seria ou não macaco, mas que todos seriam descendentes de primatas, inclusive os brancos. 
O filósofo Davi diz que o homem é um ser especial, que Deus o fez menor do que os anjos; em se tratando de raça, não de raças, o doutor Paulo, em seus escritos filosóficos, afirmou que todos vieram de um mesmo tronco. 
Osiel Gomes.